Foi muito boa a estréia do videoclipe SAMBA AROUND THE CLOCK (Mombaça, João Suplicy e Supla), canção que puxa o primeiro CD da dupla BROTHERS OF BRAZIL produzido por ela e Mário Caldato.
O disco está sendo vendido nas bancas de todo Brasil.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
SAMBA AROUND THE CLOCK (Brothers of Brazil/Mombaça) - Estréia na MTV
A dupla formada pelos meus queridos amigos João Suplicy e Supla acaba de produzir um videoclipe super dançante para a nossa primeira parceria SAMBA AROUND THE CLOCK, canção que puxa o CD BROTHERS OF BRAZIL produzido por eles e Mário Caldato à venda nas bancas de todo Brasil. O clipe estréia na MTV ás 17h00min de hoje.
É esperar e conferir!
É esperar e conferir!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Nada de nieve (Mombaça e Patricia Cano)
A cantora e compositora canadense Patricia Cano acaba de gravar, no Canadá, a nossa parceria inédita "Nada de nieve" (em espanhol). Na semana passada ela me ligou dizendo que estava na fase de mixagem e se preparando para vir ao Brasil pra celebrar a edição da obra comigo.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Gilberto Gil grava "Torpedo" (Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil) no VD N9ve
Ana Carolina gravará seu novo DVD no próximo dia 26. Baseado no seu mais recente disco, N9ve, o vídeo terá dois convidados especiais: o mestre Gilberto Gil, que dividirá os vocais com Ana em Torpedo, e a cantora novata Maria Gadú (detalhe acima), que cantará um blues, de autoria da Ana, que foi excluído do disco na mixagem.
Fonte: Blog Cantadas
Fonte: Blog Cantadas
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
ENTRETANTO
O segundo álbum de Mart'nália ganha reedição
O segundo álbum de Mart'nália, lançado originalmente em 1997 pela ZFM Records (companhia fonográfica comandada por seu pai, Martinho da Vila), ganha reedição pela Biscoito Fino, a gravadora que atualmente tem Mart'nália em seu forte elenco. Produzido por Ivan Machado, o CD Minha Cara abrigou 12 músicas, entre temas autorais (Tentação, Contradição e Entretanto, parceria com Mombaça) e incursões pelos repertórios de Carlos Dafé (Pra que Vou Recordar o que Chorei?), Cassiano (Coleção) e Martinho da Vila (Grande Amor). A faixa-título, Minha Cara, é de autoria de Dudu Falcão. Com a reedição de Minha Cara, o único título raro da discografia de Mart'nália fica sendo seu primeiro álbum, Mart'nália, lançado em 1987 pelo extinto selo 3M (com distribuição da companhia na época denominada BMG Ariola) e ainda inédito no formato digital.
Fonte:http://blogdomauroferreira.blogspot.com/2009/07/segundo-album-de-martnalia-ganha.html
O segundo álbum de Mart'nália, lançado originalmente em 1997 pela ZFM Records (companhia fonográfica comandada por seu pai, Martinho da Vila), ganha reedição pela Biscoito Fino, a gravadora que atualmente tem Mart'nália em seu forte elenco. Produzido por Ivan Machado, o CD Minha Cara abrigou 12 músicas, entre temas autorais (Tentação, Contradição e Entretanto, parceria com Mombaça) e incursões pelos repertórios de Carlos Dafé (Pra que Vou Recordar o que Chorei?), Cassiano (Coleção) e Martinho da Vila (Grande Amor). A faixa-título, Minha Cara, é de autoria de Dudu Falcão. Com a reedição de Minha Cara, o único título raro da discografia de Mart'nália fica sendo seu primeiro álbum, Mart'nália, lançado em 1987 pelo extinto selo 3M (com distribuição da companhia na época denominada BMG Ariola) e ainda inédito no formato digital.
Fonte:http://blogdomauroferreira.blogspot.com/2009/07/segundo-album-de-martnalia-ganha.html
domingo, 16 de agosto de 2009
N9ve Torpedo (Composição: Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil)
CD: "Nove" (Ana Carolina) - Para o santo não entediar
Luiz Felipe Carneiro | Resenhas | 15/08/2009 10:05
impressão | Envie por e-mail | RSS
Quando Ana Carolina resolve cantar sozinha, tudo fica muito mais natural. Basta ouvir a faixa de abertura do álbum, "10 Minutos (Dimmi Perché)", um tango eletrônico produzido por Alê Siqueira e que tem todo o jeitão de hit. "Tá Rindo, É?" é outro destaque de "Nove". Produzida por Mário Caldato e Kassin, a faixa é moderna e deliciosa, com mais um bom arranjo de metais (dessa vez a cargo de Felipe Pinaud) e os teclados e o "talk box" de Donatinho. Seguindo o mesmo estilo mais moderno, "8 Estórias" não desce tão bem, com a sua letra cansativa, que cita o nome de diversas mulheres, de Giovanna a Carmen. As coisas melhoram (e muito) com o samba (cheio de barulhinhos eletrônicos) "Torpedo", composto por Ana Carolina, Gilberto Gil e Mombaça. E nem precisou chamar nenhum gringo para cantar...
Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/50676+cd+nove+(ana+carolina)++para+o+santo+nao+entediar
Luiz Felipe Carneiro | Resenhas | 15/08/2009 10:05
impressão | Envie por e-mail | RSS
Quando Ana Carolina resolve cantar sozinha, tudo fica muito mais natural. Basta ouvir a faixa de abertura do álbum, "10 Minutos (Dimmi Perché)", um tango eletrônico produzido por Alê Siqueira e que tem todo o jeitão de hit. "Tá Rindo, É?" é outro destaque de "Nove". Produzida por Mário Caldato e Kassin, a faixa é moderna e deliciosa, com mais um bom arranjo de metais (dessa vez a cargo de Felipe Pinaud) e os teclados e o "talk box" de Donatinho. Seguindo o mesmo estilo mais moderno, "8 Estórias" não desce tão bem, com a sua letra cansativa, que cita o nome de diversas mulheres, de Giovanna a Carmen. As coisas melhoram (e muito) com o samba (cheio de barulhinhos eletrônicos) "Torpedo", composto por Ana Carolina, Gilberto Gil e Mombaça. E nem precisou chamar nenhum gringo para cantar...
Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/50676+cd+nove+(ana+carolina)++para+o+santo+nao+entediar
sábado, 15 de agosto de 2009
Tá rindo, é? (Composição: Ana Carolina, Mombaça e Antonio Villeroy)
Um dos sambas, “Torpedo”, é fruto de uma melodia sua com Mombaça que recebeu letra de Gilberto Gil. “Ah! Vamos dando risada, que a vida nos chama, não dá pra chorar” é a mensagem que diz o refrão bem-humorado do outro samba “Tá rindo, é?” (Ana Carolina / Mombaça / Antônio Villeroy).
Fonte: Tribuna da Bahia - http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=19360
Fonte: Tribuna da Bahia - http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=19360
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Torpedo: Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil
Ana Carolina lança o CD N9ve
09/08/2009 por Equipe FC DonanaCarolina
Cantora faz pose de mulherão, amplia o leque de parceiros com artistas estrangeiros e avisa: “Quero me superar”
“Sinal dos tempos”, deduziu Ana Carolina, depois de ser informada pela gravadora de que Entreolhares, a primeira música de trabalho de seu novo álbum, atingiu a marca de 10 mil downloads em apenas um dia. Parceria da intérprete mineira com o gaúcho Antonio Villeroy e o norte-americano John Legend Stephens – que a traduziu para o inglês –, a canção é provavelmente um retrato fiel de Ana Carolina.
Afinal de contas, ela sofreu transformações notáveis em uma década: do físico (o mulherão das fotos atuais simplesmente não existia no início de carreira) à produção confessional – que, para alguns, está cada vez mais para a música americana que para a brasileira.
“Podem gostar ou não de mim, mais eu tento. Estou fazendo música do meu jeitinho, com o meu violão e as minhas coisas”,
defende-se a cantora e compositora de Juiz de Fora. Ela avisa: vai continuar tentando se superar a cada trabalho.
“Acho que é por aí”, diz.
Em 9 de setembro, ela inicia pelo carioca Citibank Hall a turnê nacional de lançamento de N9ve.
Nove escrito assim mesmo? Sim. Além de referência ao número (reduzido) de faixas, o novo disco alude à data de nascimento dela: 9 de setembro. Ah, a Sony/BMG anunciou que a tiragem é de 99.999 cópias. Pode? Pode. Sétimo álbum solo de Ana Carolina, além de um representante do legítimo rhythm & blues (John Legend), que casa perfeitamente com o timbre poderoso da mineira, a lista de convidados internacionais inclui a cantora italiana Chiara Civello, radicada nos Estados Unidos, que divide com Ana a autoria de quatro canções (10 minutos, Estórias, Resta – cantada pela dupla – e Traição), e a contrabaixista americana Esperanza Spalding (participação especial em Traição).
De Dois quartos (o álbum duplo anterior, de 24 faixas) para N9ve (que ela, em tom de brincadeira, classifica de “quitinete”), Ana Carolina parece querer reafirmar a possibilidade de carreira internacional, ainda que não troque de língua para soltar o belo vozeirão.
“O número de faixas do disco foi apenas coincidência, nada mais. Quando vi, eram nove músicas prontas para gravar. Tanto que a décima, o blues chamado Mais que a mim, nada tinha a ver com esse repertório e acabou ficando de fora”, destaca. “Pode parecer que fiz um álbum menor porque o último foi grande, mas não tem nada a ver também.”
INTERNET
A presença de convidados gringos foi outra obra do acaso, revela Ana.
Passo muito tempo na internet, onde descobri o John Legend. Peguei a faixa, mandei para ele perguntando se queria gravar. Ele disse que sim e fez a versão para o inglês”, relembra.
Chiara Civello chegou por meio do neto de Tom Jobim Daniel Jobim, que a apresentou à cantora italiana.
Quando criança, ouvia canções italianas”, recorda Ana Carolina. “Chiara me fez conhecer algumas cantoras novas e canções antigas da Itália. Nós fizemos verdadeira troca musical.”
Se Entreolhares for tão bem nos países em que o disco de Ana deve ser lançado, a mineira não descarta a hipótese de se lançar fora do Brasil.
Não tenho carreira internacional”, assume ela, informando que fez shows apenas em Portugal e nos Estados Unidos. “Quem sabe N9ve não traga exposição maior lá fora, fazendo com que a gente arrume um jeito de cantar no exterior? Seria bacana.”
Antes que acusem Ana Carolina de se americanizar de vez, vale lembrar: o velho e bom samba, ainda que às vezes meio estilizado, marca presença em seu novo trabalho.
Gil Um belo exemplo do gênero genuinamente brasileiro é Torpedo, faixa com participação de Mombaça e letra esperta do ex-ministro Gilberto Gil: “Desde que o samba começou/ O bamba sempre usou/ Variações inúmeras para dar/ Conta de tantas emoções…”. Esses versos refletem as misturas e transformações inevitáveis da MPB “desde que o samba é samba”, como cantou Caetano Veloso.
Para Ana Carolina, já se foi o tempo em que se media o sucesso de um artista ou de uma canção por vendagem de discos ou sua execução em rádio.
Quando recebi a notícia de que Entreolhares teve 10 mil downloads em um único dia, vi que a gente mede sucesso dessa forma. O sinal dos tempos está aí”, constata. “Esse tipo de coisa não atrapalha o artista. Atrapalha a gravadora, quem ganha dinheiro com venda de música. Artista ganha dinheiro é com show”, conclui.
Fonte: UAI
09/08/2009 por Equipe FC DonanaCarolina
Cantora faz pose de mulherão, amplia o leque de parceiros com artistas estrangeiros e avisa: “Quero me superar”
“Sinal dos tempos”, deduziu Ana Carolina, depois de ser informada pela gravadora de que Entreolhares, a primeira música de trabalho de seu novo álbum, atingiu a marca de 10 mil downloads em apenas um dia. Parceria da intérprete mineira com o gaúcho Antonio Villeroy e o norte-americano John Legend Stephens – que a traduziu para o inglês –, a canção é provavelmente um retrato fiel de Ana Carolina.
Afinal de contas, ela sofreu transformações notáveis em uma década: do físico (o mulherão das fotos atuais simplesmente não existia no início de carreira) à produção confessional – que, para alguns, está cada vez mais para a música americana que para a brasileira.
“Podem gostar ou não de mim, mais eu tento. Estou fazendo música do meu jeitinho, com o meu violão e as minhas coisas”,
defende-se a cantora e compositora de Juiz de Fora. Ela avisa: vai continuar tentando se superar a cada trabalho.
“Acho que é por aí”, diz.
Em 9 de setembro, ela inicia pelo carioca Citibank Hall a turnê nacional de lançamento de N9ve.
Nove escrito assim mesmo? Sim. Além de referência ao número (reduzido) de faixas, o novo disco alude à data de nascimento dela: 9 de setembro. Ah, a Sony/BMG anunciou que a tiragem é de 99.999 cópias. Pode? Pode. Sétimo álbum solo de Ana Carolina, além de um representante do legítimo rhythm & blues (John Legend), que casa perfeitamente com o timbre poderoso da mineira, a lista de convidados internacionais inclui a cantora italiana Chiara Civello, radicada nos Estados Unidos, que divide com Ana a autoria de quatro canções (10 minutos, Estórias, Resta – cantada pela dupla – e Traição), e a contrabaixista americana Esperanza Spalding (participação especial em Traição).
De Dois quartos (o álbum duplo anterior, de 24 faixas) para N9ve (que ela, em tom de brincadeira, classifica de “quitinete”), Ana Carolina parece querer reafirmar a possibilidade de carreira internacional, ainda que não troque de língua para soltar o belo vozeirão.
“O número de faixas do disco foi apenas coincidência, nada mais. Quando vi, eram nove músicas prontas para gravar. Tanto que a décima, o blues chamado Mais que a mim, nada tinha a ver com esse repertório e acabou ficando de fora”, destaca. “Pode parecer que fiz um álbum menor porque o último foi grande, mas não tem nada a ver também.”
INTERNET
A presença de convidados gringos foi outra obra do acaso, revela Ana.
Passo muito tempo na internet, onde descobri o John Legend. Peguei a faixa, mandei para ele perguntando se queria gravar. Ele disse que sim e fez a versão para o inglês”, relembra.
Chiara Civello chegou por meio do neto de Tom Jobim Daniel Jobim, que a apresentou à cantora italiana.
Quando criança, ouvia canções italianas”, recorda Ana Carolina. “Chiara me fez conhecer algumas cantoras novas e canções antigas da Itália. Nós fizemos verdadeira troca musical.”
Se Entreolhares for tão bem nos países em que o disco de Ana deve ser lançado, a mineira não descarta a hipótese de se lançar fora do Brasil.
Não tenho carreira internacional”, assume ela, informando que fez shows apenas em Portugal e nos Estados Unidos. “Quem sabe N9ve não traga exposição maior lá fora, fazendo com que a gente arrume um jeito de cantar no exterior? Seria bacana.”
Antes que acusem Ana Carolina de se americanizar de vez, vale lembrar: o velho e bom samba, ainda que às vezes meio estilizado, marca presença em seu novo trabalho.
Gil Um belo exemplo do gênero genuinamente brasileiro é Torpedo, faixa com participação de Mombaça e letra esperta do ex-ministro Gilberto Gil: “Desde que o samba começou/ O bamba sempre usou/ Variações inúmeras para dar/ Conta de tantas emoções…”. Esses versos refletem as misturas e transformações inevitáveis da MPB “desde que o samba é samba”, como cantou Caetano Veloso.
Para Ana Carolina, já se foi o tempo em que se media o sucesso de um artista ou de uma canção por vendagem de discos ou sua execução em rádio.
Quando recebi a notícia de que Entreolhares teve 10 mil downloads em um único dia, vi que a gente mede sucesso dessa forma. O sinal dos tempos está aí”, constata. “Esse tipo de coisa não atrapalha o artista. Atrapalha a gravadora, quem ganha dinheiro com venda de música. Artista ganha dinheiro é com show”, conclui.
Fonte: UAI
Mombaça no sarau do amigo e parceiro Totonho Villeroy
O Abre a rodinha
09/08/2009 por Equipe FC DonanaCarolina
Os saraus na casa do compositor Antonio Villeroy são cada vez mais disputados por gente interessada em fazer e ouvir música
Por Karla MonteiroFotos de Marizilda Cruppe
Yamandu Costa, Marco Lobo e o anfitrião tocam na sala
Acontece em média uma vez por mês. A lista de habitués é longa: o escritor Francisco Bosco, a cantora Ana Carolina, o escritor e compositor Jorge Mautner, a novata Maria Gadú, o casal Maria Paula e João Suplicy, o virtuose Yamandu Costa, a poetisa Elisa Lucinda, entre outros artistas — principalmente músicos — de várias vertentes, como Paulinho Moska, Bebeto Alves, João Nabuco, Bena Lobo, Mombaça. Todo mundo que circula por ali escreve, canta, toca.
Os saraus do cantor e compositor gaúcho Antonio Villeroy são coisa fina.
O amplo apartamento fica no Alto Leblon. Das varandas, o Rio lá embaixo, deslumbrante, iluminado, lembrando que a cidade já teve essa tradição musical de portas abertas, gente talentosa reunida, como nos bons tempos da bossa nova, quando Nara Leão, Tom Jobim e Vinicius recebiam sua turma.
— Uma vez chegou aqui o Caetano.
Disse: “Vim de penetra na sua festa.” Respondi: “Penetre à vontade” — brinca Villeroy, imitando o sotaque malemolente do baiano. — Gosto de casa aberta. Mas agora estou tendo que deixar uma lista na portaria. Tem noite em que há mais de cem pessoas. Outro dia desci para comprar bebida, tipo 3h da manhã, e estava uma fila na rua.
Na noite de sábado dia 25 chegamos cedo, tipo dez da noite, à casa de Villeroy — ou Totonho, como é chamado pelos convivas. Na sala, além do piano, dos microfones e dos instrumentos já montados, a família: a matriarca, Heloiza Villeroy; os três filhos dela, Totonho, Carlos Eduardo e Gastão, que toca com Milton Nascimento; mais noras e netos. Até então, parecia tratar-se de uma reunião social comportada, para músicos sérios mostrarem seus trabalhos. Sotaque carregado e índole de anfitrião, Totonho logo esclareceu que sarau é uma tradição que ele trouxe lá de São Gabriel, cidadela dos pampas gaúchos. O pai, o advogado Gil Villeroy, curtia receber os cantores locais para milongas.
— Ainda bem pequeno, lembro de acordar de manhã e ver tudo montado: bateria, violões, microfones. Com 13, 14 anos, eu e meus irmãos começamos a tocar e também a fazer saraus. A nossa turma se misturou à do nosso pai — diz. — Desde que me mudei para o Rio, em 2000, faço reuniões. Novos amigos foram se agregando. E sempre surge gente de surpresa. Outro dia foi a Bebel Gilberto.
Depois da meia-noite, o apartamento assumiu outro tom. Ou tons. Com os músicos se revezando na rodinha — e a cerveja rolando —, a temperatura subiu. Em cada cômodo da casa uma história, um ritmo, uma toada. Tímida como ela só, Maria Gadú, que lançou seu primeiro disco no Vivo Rio, na semana passada, enfurnou-se num quarto, escoltada pelo amigo Toni Ferreira, um garoto de 24 anos, visual andrógino e timbre — cara também — de Cazuza. Entre um gole e outro, uma baforada e outra no cigarro, Gadú contou que começou a cantar na noite paulistana aos 13 anos e que desde que chegou ao Rio para passar o último réveillon, nunca mais conseguiu ir embora.
— Eu e o meu amigo primeiro ficamos na casa de outro amigo. Como a gente estava sem grana, ele falou vai ficando e a gente foi ficando. Um dia o Rafael Almeida, que é ator, me apresentou para o Jayme Monjardim, falou que eu cantava “Ne me quitte pas”. Ele estava fazendo a minissérie “Maysa”, casou — diz. — Na apresentação da minissérie para a imprensa, fiz um showzinho e um cara da Som Livre me chamou para gravar o disco. Foi indo, foi indo e aí, quando vi, estava morando aqui. Agora a minha mãe se injuriou com São Paulo e veio para cá também.
Enquanto Gadú conta sua história, Maria Paula se joga no sofá e seu marido, João, Suplicy puxa um Chico Buarque no violão. Em seguida, impulsionado por João Nabuco, que ficou absolutamente admirado com a semelhança, Toni Ferreira, o acompanhante da cantora paulistana, emenda um Cazuza. Acreditem: reencarnação.
Na sala, Yamandu, Totonho e seus irmãos, Gastão e Carlos Eduardo, arrasam com a levada sulista.
Coisa para aplaudir de pé. Yamandu resumiu muito bem o sarau do conterrâneo. Segundo ele, trata-se de um zoológico musical.
— O Totonho junta gente de várias vertentes, que nunca se bicam: músicos eruditos, músicos que já estouraram, músicos que querem estourar, figuras mais pops, gente jovem precisando de acesso — diz. — É muito difícil fazer isso, misturar tantas tendências. Esse tipo de coisa estava fazendo muita falta no cenário musical.
É básico para a formação de amizades e parcerias.
Os encontros, de fato, acontecem por ali. Em uma ocasião, a cantora e compositora italiana Chiara Civello apareceu, recomendada por Mauro Refosco, da banda de Bebel Gilberto. Curtiu tanto que virou parceira musical de Totonho e também de Ana Carolina. Outro que se apaixonou pela cena foi Jesse Harris, músico americano que emplacou hits na voz de Norah Jones. Depois de uma noite de sarau, ele e Totonho compuseram juntos e agora o disco de Harris vai sair pelo selo do amigo brasileiro, o Pic Music. Gadú já confirmou presença no próximo DVD de Ana Carolina. As costuras rolam, regadas a cerveja, vinho, vodca e brigadeiros.
— Acho que sou um dos mais assíduos frequentadores. Aqui fiz parcerias com o João Suplicy, com a Ana Carolina, com o Totonho Villeroy. O sarau é uma forma de compartilhar, de interagir, de encontrar os virtuoses, numa onda free — define Mombaça, um dos principais parceiros de Mart’nália.
— Hoje já existe um circuito de gente que faz saraus em casa. Eu tenho composições com o Totonho. O João Suplicy musicou um poema meu, que ouviu aqui.
São noites maravilhosas, com pessoas maravilhosas. Na última, terminamos eu, Paulinho Moska, Hamir Haddad, Selma Reis, Tunai e Totonho, todo mundo até de manhã — conta Elisa Lucinda.
Fonte: O Globo
09/08/2009 por Equipe FC DonanaCarolina
Os saraus na casa do compositor Antonio Villeroy são cada vez mais disputados por gente interessada em fazer e ouvir música
Por Karla MonteiroFotos de Marizilda Cruppe
Yamandu Costa, Marco Lobo e o anfitrião tocam na sala
Acontece em média uma vez por mês. A lista de habitués é longa: o escritor Francisco Bosco, a cantora Ana Carolina, o escritor e compositor Jorge Mautner, a novata Maria Gadú, o casal Maria Paula e João Suplicy, o virtuose Yamandu Costa, a poetisa Elisa Lucinda, entre outros artistas — principalmente músicos — de várias vertentes, como Paulinho Moska, Bebeto Alves, João Nabuco, Bena Lobo, Mombaça. Todo mundo que circula por ali escreve, canta, toca.
Os saraus do cantor e compositor gaúcho Antonio Villeroy são coisa fina.
O amplo apartamento fica no Alto Leblon. Das varandas, o Rio lá embaixo, deslumbrante, iluminado, lembrando que a cidade já teve essa tradição musical de portas abertas, gente talentosa reunida, como nos bons tempos da bossa nova, quando Nara Leão, Tom Jobim e Vinicius recebiam sua turma.
— Uma vez chegou aqui o Caetano.
Disse: “Vim de penetra na sua festa.” Respondi: “Penetre à vontade” — brinca Villeroy, imitando o sotaque malemolente do baiano. — Gosto de casa aberta. Mas agora estou tendo que deixar uma lista na portaria. Tem noite em que há mais de cem pessoas. Outro dia desci para comprar bebida, tipo 3h da manhã, e estava uma fila na rua.
Na noite de sábado dia 25 chegamos cedo, tipo dez da noite, à casa de Villeroy — ou Totonho, como é chamado pelos convivas. Na sala, além do piano, dos microfones e dos instrumentos já montados, a família: a matriarca, Heloiza Villeroy; os três filhos dela, Totonho, Carlos Eduardo e Gastão, que toca com Milton Nascimento; mais noras e netos. Até então, parecia tratar-se de uma reunião social comportada, para músicos sérios mostrarem seus trabalhos. Sotaque carregado e índole de anfitrião, Totonho logo esclareceu que sarau é uma tradição que ele trouxe lá de São Gabriel, cidadela dos pampas gaúchos. O pai, o advogado Gil Villeroy, curtia receber os cantores locais para milongas.
— Ainda bem pequeno, lembro de acordar de manhã e ver tudo montado: bateria, violões, microfones. Com 13, 14 anos, eu e meus irmãos começamos a tocar e também a fazer saraus. A nossa turma se misturou à do nosso pai — diz. — Desde que me mudei para o Rio, em 2000, faço reuniões. Novos amigos foram se agregando. E sempre surge gente de surpresa. Outro dia foi a Bebel Gilberto.
Depois da meia-noite, o apartamento assumiu outro tom. Ou tons. Com os músicos se revezando na rodinha — e a cerveja rolando —, a temperatura subiu. Em cada cômodo da casa uma história, um ritmo, uma toada. Tímida como ela só, Maria Gadú, que lançou seu primeiro disco no Vivo Rio, na semana passada, enfurnou-se num quarto, escoltada pelo amigo Toni Ferreira, um garoto de 24 anos, visual andrógino e timbre — cara também — de Cazuza. Entre um gole e outro, uma baforada e outra no cigarro, Gadú contou que começou a cantar na noite paulistana aos 13 anos e que desde que chegou ao Rio para passar o último réveillon, nunca mais conseguiu ir embora.
— Eu e o meu amigo primeiro ficamos na casa de outro amigo. Como a gente estava sem grana, ele falou vai ficando e a gente foi ficando. Um dia o Rafael Almeida, que é ator, me apresentou para o Jayme Monjardim, falou que eu cantava “Ne me quitte pas”. Ele estava fazendo a minissérie “Maysa”, casou — diz. — Na apresentação da minissérie para a imprensa, fiz um showzinho e um cara da Som Livre me chamou para gravar o disco. Foi indo, foi indo e aí, quando vi, estava morando aqui. Agora a minha mãe se injuriou com São Paulo e veio para cá também.
Enquanto Gadú conta sua história, Maria Paula se joga no sofá e seu marido, João, Suplicy puxa um Chico Buarque no violão. Em seguida, impulsionado por João Nabuco, que ficou absolutamente admirado com a semelhança, Toni Ferreira, o acompanhante da cantora paulistana, emenda um Cazuza. Acreditem: reencarnação.
Na sala, Yamandu, Totonho e seus irmãos, Gastão e Carlos Eduardo, arrasam com a levada sulista.
Coisa para aplaudir de pé. Yamandu resumiu muito bem o sarau do conterrâneo. Segundo ele, trata-se de um zoológico musical.
— O Totonho junta gente de várias vertentes, que nunca se bicam: músicos eruditos, músicos que já estouraram, músicos que querem estourar, figuras mais pops, gente jovem precisando de acesso — diz. — É muito difícil fazer isso, misturar tantas tendências. Esse tipo de coisa estava fazendo muita falta no cenário musical.
É básico para a formação de amizades e parcerias.
Os encontros, de fato, acontecem por ali. Em uma ocasião, a cantora e compositora italiana Chiara Civello apareceu, recomendada por Mauro Refosco, da banda de Bebel Gilberto. Curtiu tanto que virou parceira musical de Totonho e também de Ana Carolina. Outro que se apaixonou pela cena foi Jesse Harris, músico americano que emplacou hits na voz de Norah Jones. Depois de uma noite de sarau, ele e Totonho compuseram juntos e agora o disco de Harris vai sair pelo selo do amigo brasileiro, o Pic Music. Gadú já confirmou presença no próximo DVD de Ana Carolina. As costuras rolam, regadas a cerveja, vinho, vodca e brigadeiros.
— Acho que sou um dos mais assíduos frequentadores. Aqui fiz parcerias com o João Suplicy, com a Ana Carolina, com o Totonho Villeroy. O sarau é uma forma de compartilhar, de interagir, de encontrar os virtuoses, numa onda free — define Mombaça, um dos principais parceiros de Mart’nália.
— Hoje já existe um circuito de gente que faz saraus em casa. Eu tenho composições com o Totonho. O João Suplicy musicou um poema meu, que ouviu aqui.
São noites maravilhosas, com pessoas maravilhosas. Na última, terminamos eu, Paulinho Moska, Hamir Haddad, Selma Reis, Tunai e Totonho, todo mundo até de manhã — conta Elisa Lucinda.
Fonte: O Globo
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Torpedo
Ana Carolina, como nunca se viu
30/07/2009 - 10:00 Enviado por: Heloisa Tolipan
Em primeiríssima mão, a coluna mostra uma linda imagem do ensaio fotográfico de Ana Carolina para o novo CD, batizado 9, que chega às lojas na próxima semana. Ficou curioso para saber por que o álbum ganhou esse nome? Ana é supersticiosa e tem uma relação muito especial com o número. Nasceu no dia 9/9, lançou o primeiro disco em 1999 e, para fechar a conta redondo, a tiragem do CD será de 99.999 mil exemplares. E reparou que o relógio (ali na foto) está marcando 9h? Além de sorte, o álbum trará novas parcerias, como a do samba Torpedo, com letra de Gilberto Gil (de quem Ana sempre foi fã) e melodia composta pela cantora em dobradinha com Mombaça. E quer que eu revele outro segredinho? Sabe esses pernões que Ana ostenta? Fruto das corridas diárias, na praia, indispensáveis para a cantora desde o ano passado. Tudo em cima para o novo disco!
30/07/2009 - 10:00 Enviado por: Heloisa Tolipan
Em primeiríssima mão, a coluna mostra uma linda imagem do ensaio fotográfico de Ana Carolina para o novo CD, batizado 9, que chega às lojas na próxima semana. Ficou curioso para saber por que o álbum ganhou esse nome? Ana é supersticiosa e tem uma relação muito especial com o número. Nasceu no dia 9/9, lançou o primeiro disco em 1999 e, para fechar a conta redondo, a tiragem do CD será de 99.999 mil exemplares. E reparou que o relógio (ali na foto) está marcando 9h? Além de sorte, o álbum trará novas parcerias, como a do samba Torpedo, com letra de Gilberto Gil (de quem Ana sempre foi fã) e melodia composta pela cantora em dobradinha com Mombaça. E quer que eu revele outro segredinho? Sabe esses pernões que Ana ostenta? Fruto das corridas diárias, na praia, indispensáveis para a cantora desde o ano passado. Tudo em cima para o novo disco!
terça-feira, 4 de agosto de 2009
NOVE NOVO CD DA ANA CAROLINA -
O GLOBO*Matéria de capa do Segundo caderno do Globo.
Por Antonio CarlosMiguel. Trecho da matéria: Três outros parceiros em "Nove" são "sócios" do C.U: Dudu Falcão, Antônio Vellerroy ( gravado com sucesso por Ana Carolina desde o início de sua carreira) e *Mombaça*. Este divide com Ana os dois sambas,* /Tá rindo, É?/* também com Villerroy) e */Torpedo/*, o segundo com letra de Gil. "Trabalhamos muito tempo nele e enviamos, cheios de dedos, para Gil, que o enviou com a letra perfeita em dois dias" - diz ela, que tem mais sambas na gaveta, mas vê um excesso de cantoras no gênero.....
Trecho da crítica: Sem mudar a essência, ela foi mais rigorosa na peneira de seu repertório: calibrou melhor a voz potente; e, saudavelmente, procurou tanto novas referencias quanto velhas influências. No segundo caso, a parceria com Gilberto Gil, que letrou o samba "Torpedo", de Ana e Mombaça...
Fonte: Globo 03/08/09
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/07/31/apos-excesso-do-cd-duplo-dois-quartos-ana-carolina-acerta-foco-sofistica-sua-receita-no-disco-nove-757063189.asp
O GLOBO*Matéria de capa do Segundo caderno do Globo.
Por Antonio CarlosMiguel. Trecho da matéria: Três outros parceiros em "Nove" são "sócios" do C.U: Dudu Falcão, Antônio Vellerroy ( gravado com sucesso por Ana Carolina desde o início de sua carreira) e *Mombaça*. Este divide com Ana os dois sambas,* /Tá rindo, É?/* também com Villerroy) e */Torpedo/*, o segundo com letra de Gil. "Trabalhamos muito tempo nele e enviamos, cheios de dedos, para Gil, que o enviou com a letra perfeita em dois dias" - diz ela, que tem mais sambas na gaveta, mas vê um excesso de cantoras no gênero.....
Trecho da crítica: Sem mudar a essência, ela foi mais rigorosa na peneira de seu repertório: calibrou melhor a voz potente; e, saudavelmente, procurou tanto novas referencias quanto velhas influências. No segundo caso, a parceria com Gilberto Gil, que letrou o samba "Torpedo", de Ana e Mombaça...
Fonte: Globo 03/08/09
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/07/31/apos-excesso-do-cd-duplo-dois-quartos-ana-carolina-acerta-foco-sofistica-sua-receita-no-disco-nove-757063189.asp
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