terça-feira, 30 de março de 2010

A vez da voz de Mombaça

A vez da voz de Mombaça

Parceiro em sucessos de Mart'nália, compositor lança novo CD

Com dois álbuns independentes, o cantor e compositor Mombaça apresenta Afro memória+Pretinhosidade, lançado pela Biscoito Fino. No CD, que já havia sido editado por seu próprio selo, ele retoma músicas do segundo trabalho e inclui novidades que fazem a mesma ponte musical entre Brasil e África.
Flertando com a música desde os cinco anos de idade, Mombaça ficou mais conhecido como parceiro de Mart'nália em Pretinhosidade e Chega, sucessos dos badalados shows da cantora. No disco Mombaça aproveita para mostrar suas próprias versões para as músicas, cheias do mesmo balanço. Mas a amiga não fica de fora e divide com ele os vocais em Obnubliado.
Surpresa é a participação de Maria Hime em Denegrir. Maria apareceu, aos oito anos, cantando ao lado do pai Francis Hime em Lua de cetim, parceria dele com Olívia Hime. Quase 30 anos depois Maria Hime volta a cantar, primeiro solando em versão intimista voz e piano e depois entrando muito bem no balanço de Mombaça. O disco também traz a voz do cantor congolês Lokua Kanza e o piano de João Carlos Coutinho na emocionada Pra viver e morrer de amor.
Da vida na zona oeste carioca e da faculdade de História no início da década de 80 Mombaça traz a consciência social. Da vivência como músico de noite ganha o tom romântico. As temáticas navegam entre os dois assuntos que se esbarram. Mombaça canta por um mundo melhor na política Mandelas, mas segue romântico em Entre nós que - irresistível - cita Abdias do Nascimento, fundador de um importante movimento negro.

por Beto Feitosa
Fonte: http://www2.uol.com.br/ziriguidum/1003/100326-01.htm

domingo, 21 de março de 2010

Mombaça na rádio UOL

Mombaça na rádio UOL
Entre no link abaixo e ouça as 13 canções do novo CD do cantor e compositor Mombaça que está sendo lançado pela gravadora Biscoito fino.
O álbum "Afro memória + Pretinhosidade" conta com as participações especias de Mart'nália, Lokua Kanza, Maria Hime e do músico João Carlos Coutinho (piano).
Lançamento: Março/2010.
http://www.radio.uol.com.br/#/album/mombaca/afro-memoria-%2B-pretinhosidade/

quarta-feira, 3 de março de 2010

Chega o golaço de Emílio Santiago

Emílio 'dá baile' no óbvio ao evocar Ed Lincoln
Resenha de CD
Título: Só Danço Samba
Artista: Emílio Santiago
Gravadora: Santiago
Music
Cotação: * * * * 1/2

Emílio Santiago gravou outro disco de um jeito diferente do que costuma fazer. Título que vai inaugurar o selo do cantor, Santiago Music, Só Danço Samba é um tributo ao suingue de Ed Lincoln, o músico cearense que migrou para o Sul e, pilotando seu órgão elétrico, se tornou um dos reis dos bailes em épocas mais românticas. Pois Emílio dá baile na mesmice ao fazer este CD que evoca o balanço de Lincoln. O som do órgão - tocado por Julinho Teixeira - sobressai bem nas 14 faixas do álbum, produzido com requinte harmônico por José Milton, que já havia pilotado outro grande título da discografia de Emílio (Bossa Nova, Sony Music, 2000). À altura do ótimo CD anterior do cantor, De um Jeito Diferente (Indie Records, 2007), Só Danço Samba ratifica a opção do artista por álbuns feitos sem pressões mercadológicas. Com sua voz aveludada de afinação e emissão impecáveis, Emílio deita e rola no ritmo de standards como Samba de Verão (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle - com direito a alguns versos em inglês do sucesso internacional dos irmãos cariocas), Influência do Jazz (Carlos Lyra - com uma percussão de sotaque cubano), Só Danço Samba (Tom Jobim e Vinicius de Moraes). O jeito diferente vem do órgão de Julinho Teixeira - fiel à sonoridade de Lincoln - e do repertório que não se limita aos clássicos. Emílio traz à tona três temas de autoria do próprio Ed Lincoln, que, em seus bailes, não se restringia a tocar músicas alheias. Deix'Isso pra Lá - parceria de Lincoln com Luiz Paulo - é o destaque dos três por seu balanço moldado para os salões. Já Olhou pra mim e Nunca Mais, músicas feitas por Lincoln com Silvio César, são exemplos da melancolia romântica que também dava o tom dos bailes. E, por falar em temas, o samba A Cada Dia que Passa - composto por Antonio Adolfo e gravado originalmente por Emílio no segundo disco do pianista, Continuidade (1980) - se distingue do repertório pela abordagem social da letra, pioneira ao retratar a inércia do povo face às injustiças sociais e misérias humanas do mundo moderno. Por ter sido lançado em disco independente de repercussão bem restrita, A Cada Dia que Passa vai soar como um samba inédito, a exemplo de um outro belo exemplar do gênero, Confissão, rara parceria de Djalma Ferreira e Luiz Bandeira. Dentre os temas mais conhecidos, Emílio foi feliz ao selecionar Sambou, Sambou - joia de João Donato e João Melo lapidada no clima dos bailes - e Tendência, o samba de Ivone Lara e Jorge Aragão, recriado pelo cantor em tons suaves, subinhados pelo trombone de Roberto Marques. E, mesmo pontuado por certa melancolia amorosa, o baile de Emilio Santiago nunca fica desanimado. Quase no fim, o cantor marca outro golaço ao trazer parceria de Mart'nália e Mombaça, Chega, para o universo dos salões de outrora. E o baile termina em alto astral, com a alegria do medley carnavalesco que junta Zum Zum Zum (Orlandivo e Durval Ferreira), Vou Rir de Você (Heitor Menezes) e Na Onda do Berimbau (Oswaldo Nunes). Um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos, Emílio Santiago cresce quando faz discos de um jeito refinado e diferente.

P.S.: O CD Só Danço Samba não está nas lojas. Emílio Santiago ainda negocia a distribuição do disco (que vai sair ainda este ano).

Fonte: http://blogdomauroferreira.blogspot.com/2010/03/emilio-da-baile-na-mesmice-ao-evocar-ed.html

Mombaça lança pela Biscoito Fino o terceiro CD da carreira - Afro-Memória + Pretinhosidade

Mombaça – Afro-Memória + Pretinhosidade
Mombaça lança pela Biscoito Fino o terceiro CD da carreira, Afro-Memória + Pretinhosidade

Nascido em uma família musical, Mombaça começou a cantar aos cinco anos de idade, na Igreja Batista do bairro de Paciência (zona oeste do Rio de Janeiro), onde nasceu e foi criado. O primeiro disco da carreira intitulado Mombaça foi gravado em 1999 , lançado no ano 2000 e já contava com a participação da sua amiga Mart’nália.

O segundo saiu em 2002 e responde pelo título de Afro Memória, que nasceu em 2001, enquanto Mombaça participava da terceira Conferência Mundial Contra o Racismo (o Preconceito Social, a Xenofobia e Intolerâncias Correlatas) em Durban, África do Sul. Em 2007, em função do grande sucesso da canção Pretinhosidade, na voz da parceira Mart’nália, Mombaça resolveu reeditar o anterior e lançar seu terceiro CD, Afro Memória + Pretinhosidade.

Lançado em show homônimo em 20 de novembro - dia Nacional da Consciência Negra - o álbum perdeu duas faixas da versão original, mas recebeu uma gravação na voz do próprio autor - Pretinhosidade (Mombaça e Mart’nália) ganhou uma “mombacística” roupagem, leve e suingada, bem ao estilo de Mombaça.

Agora, março de 2010, o novo Afro Memória + Pretinhosidade está sendo lançado pela Biscoito Fino com 13 canções. Teria sido mais um contrato de distribuição entre um produtor de discos independente com uma gravadora, se ela não tivesse investido, pesado, em remasterizar todas as faixas do álbum, regravado Obnubilado com a participação da cantora Mart’nália, amiga e principal parceira Mombaça, além de incluir duas inéditas, Pra viver ou morrer de amor, com participação do cantor e compositor congolês Lokua Kanza e do pianista brasileiro João Carlos Coutinho, e Denegrir , com participação da cantora Maria Hime, filha de Francis e Olivia Hime.

Com nova arte assinada por Branca Escobar, foto da capa de Ricardo Cassiano e encarte de Cassiano e Eny Miranda, o disco vem temperado com um toque social e romântico, tônica do trabalho do Mombaça, o qual ainda traz na bagagem um mix de poeta, pesquisador, autor teatral e jornalista. No título e nas canções como Mandelas, dedicada ao líder sul-africano Nelson Mandela ou Entre nós, ao brasileiro Abdias do Nascimento, o cantor homenageia personalidades públicas de vários segmentos que lutaram e lutam por direitos civis.

“Fui influenciado, primeiramente, pela música evangélica de Feliciano Amaral, Otoniel e Oziel, Quartetos Crosslândia e Arautos do Senhor, Josely Scarabelly, Conjuntos Vencedores por Cristo e Grupo Ello. Só fui conhecer e gostar de MPB lá pelo final da minha adolescência. Comecei a fazer shows em “barzinhos” imitando a voz de Gilberto Gil. Nunca poderia imaginar que me tornaria parceiro dele em Torpedo, gravada no DC/DVD que comemora os dez anos de carreira da parceira Ana Carolina, sem contar que Sandra de Sá incluiu uma das nossas parcerias, Baile no asfalto, no disco que celebra seus 30 anos de carreira, conclui Mombaça que compôs todas as canções do Afro Memória + Pretinhosidade e assina a produção musical, os arranjos, as regências, as mixagens, a masterização e a direção geral.

Texto: Mombaça
Revisado por ACCAS - Ana Casseres de Almeida dos Santos

Márcia Vilella
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