domingo, 13 de dezembro de 2009

Ana Carolina em ritmo de samba

Cantora, que toca pandeiro há 15 anos, lança CD/DVD em que mostra lado sambista como intérprete e compositora

“Essa história começou quando a Mart’nália me pediu um samba. Ao fazer ‘Cabide’, senti que tinha uma chance de enveredar um pouco mais para esse lado”, conta Ana, que foi apresentada por Mart’nália ao compositor Mombaça. “Ele é da turma dela e inauguramos uma parceria com dois sambas”, diz a cantora, referindo-se a ‘Tá Rindo, É?’, deles com Antonio Villeroy, e ‘Torpedo’, música deles e letra de Gilberto Gil.

Fonte: http://anacsouza.blogspot.com/2009/12/ana-carolina-em-ritmo-de-samba.html

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil = Torpedo

Ana Carolina comemora 10 anos de carreira com DVD em 'clima de sarau'
Cantora lança o intimista 'Multishow Registro – Ana Car9lina + Um'.
Bethânia, Gil, Ro Ro e John Legend estão entre os convidados.

“Não foi nada difícil escolher os artistas para cantar”, diverte-se. “Maria Bethânia, maravilhosa, aceitou meu convite para registarmos ‘Eu que não sei quase nada do mar’, música que ela havia me pedido pra fazer há algum tempo e que compus com o Jorge Vercillo. Com Gilberto Gil fizemos um samba pro meu disco anterior, ‘N9ve’, chamado ‘Torpedo’, com letra dele e música minha e de Mombaça, portanto chamei-o para registrar nossa primeira parceria”, diz.

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL1409390-7085,00-ANA+CAROLINA+COMEMORA+ANOS+DE+CARREIRA+COM+DVD+EM+CLIMA+DE+SARAU.html

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Mombaça faz show de pré-lançamento do novo disco no SESC de Copacabana.

O cantor e compositor Mombaça se apresenta no próximo dia 8 de dezembro, no Pátio Musical Sesc Copacabana, fazendo uma prévia do show de lançamento do novo álbum Afro Memória + Pretinhosidade.

No repertório do show, além das 13 faixas autorais, estão as novíssimas Ta Rindo, É? e Torpedo, luxuosas parcerias com Ana Carolina, Gilberto Gil e Totonho Villeroy, e Baile no Asalto, com a parceira Sandra de Sá, além dos sucessos já conhecidos do público, como as canções Entretanto, Chega, Pretinhosidade e Tava por aí parcerias de Mombaça com Mart`nália.

“Afro Memória + Pretinhosidade” foi lançado de forma independente em novembro de 2007 e agora em janeiro de 2010 será relançado pela gravadora Biscoito Fino com outra roupagem e três canções extras e respectivas participações especiais de Mart`nália, Lokua Kanza,Maria Hime e do paianista João Carlos Coutinho. É ir lá e conferir.

No show Afro Memória + Pretinhosidade, Mombaça estará acompanhado da nova banda formada por Márcio Amaro na bateria; Clebinho, no contrabaixo elétrico;Léo Fiaux nos teclados; Renato Klimeck na guitarra; Gutti, percussão; Flavinha Souza, Milena Siqueira e Graci Felix, no vocal.

Serviço:
Data : 8 de dezembro
Local : SESC Copacabana
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160.
Horário : 19 horas
Ingresso: Entrada franca com distribuição de senha 30 minutos antes do espetáculo.
Informações: 2547-0156

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mu Chebabi e Mombaça: Sozinha

Na semana passada fui testemunha ocular do belíssimo show de lançamento do disco "Uma coisa, outra coisa é outra coisa" do meu "caro” (caro mesmo)amigo e parceiro Mu Chebabi no pátio do SESC de Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil. De quebra, reencontrei meus amigos Elisa Lucinda,que me botou pra ouvir "Sozinha" na sua "rádio Lucinda" e o cineasta Ricardo Bravo, novo conhecido.

No dia seguinte, Mú (pros íntimos) foi cantar na Europa, mas antes de embarcar me ligou prometendo deixar um disco pra mim, já que a quantidade que levou pra vender na estréia foi insuficiente. É claro que me vali da condição de co-autor de "Sozinha" (Mu Chebabi e Mombaça) para reivindicar meu disquinho "de grátis", né?!

Depois de ouvir todas as faixas do disco com carinho e muita atenção, resolvi escrever umas poucas linhas para postar aqui no meu blog, citando, somente, a parte que me cabe nesse latifúndio: "Sozinha", é claro. Entretanto, achei que seria uma mesquinharia braba de minha parte, omitir de vocês o resto do disco, que é maravilhoso! Foi aí que lembrei-me do magnífico release do jornalista Hugo Sukman, dissecando o álbum como um todo.Vamos a ele?

Antes, porém, parabéns Mu Chebabi.
Boa viagem, bom show no festival de cinema na Alemanha, boa turnê por Portugal e ótimo regresso ao nosso Brasil varonil, com muito axé e euros.
Grande abraço,
Mombaça

"UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA" - Por Hugo Sukman

Bem que Mu Chebabi se esforça para mostrar que “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, expressão popular que dá título ao seu segundo CD autoral.
Que uma coisa é o compositor inspirado, pop e popular de sucessos como “Hoje eu quero sair só” (de seu primeiro CD, canção conhecida na voz do parceiro Lenine e de tantos outros cantores); outra coisa é o diretor musical (ou melhor, humorista musical) por mais de 20 anos a serviço do Casseta e Planeta. Que uma coisa é o samba que sai naturalmente de sua criação de nativo do Rio de Janeiro, parceiro de malandros como Arlindo Cruz (no “Samba da globalização”, usada como vinheta da TV Globo) e Claudio Jorge; outra coisa é a influência pop de tudo quanto é música do mundo, que recebe em suas antenas fincadas na areia de sua Copacabana natal. Que uma coisa é o racionalista cético, de origem árabe-cristã mas ateu por formação; outra coisa é o cara que toca piano para “seu” Zé Pelintra, entidade-malandro da umbanda que volta e meia lhe aparece, sobretudo nos momentos de criação...
Mu Chebabi se esforça. Mas “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, título do CD que registra sua mais recente produção musical é, na verdade, uma fina ironia: nas onze canções Mu mostra que, pelo menos na sua música, tá tudo junto e misturado.
Senão ouçam “O gringo”. É samba? Um sambaço, mas com altas doses de rock e funk misturados, samba com guitarra elétrica e suingadíssima programação eletrônica. É música ou humor? As duas coisas, ótima música para ouvir em casa, tocar no rádio e dançar na festa, mas uma observação ácida e bem humorada (não fosse uma parceria com o Casseta Helio de La Peña) daquele gringo que chega por aqui e logo “Tá pegando geral/Tá passando o rodo/Tá levando só gostosa pro cafofo/Qual é!/Aquele gringo é safado tá cheio de mulher”.
Ou então ouçam a linda “Papo de abelha”, um samba à Novos Baianos, no qual a mistura de humor e lirismo está entranhada na essência da canção: na melodia grogue do sujeito que, meio bêbado, vai fazer galanteios no ouvido da menina; na brincadeira com o “z” do zumbido da abelha na letra, “Zuzu bem/Virou papo de abelha/Vou dizer um montão de ‘z’/Na sua orelha/Zoiô, zoiei/Zanzo, zanzei/Zarô, zarei/Zuô, zuei...”.
Em cada uma das faixas, Mu Chebabi exerce essa síntese, esse ponto de vista musical e existencial forjado nas misturas de Copacabana, do Rio, do Brasil. O samba calcado na levada do cavaquinho “Brasileiro – Uma agulha no palheiro” usa as tais misturas como tema. “Foi em Roraima que Ederaldo viu sua filha Odete/Aparecer num aparelho de televisão/O caboclo que sonhava em Nova York/Acabou casando e trabalhando lá no Maranhão/Japonês fechou mais cedo a pastelaria/Pra torcer na arquibancada do Pacaembu/Enquanto isso um surfista em Floripa/Já fazia feijoada à baiana com angu/São tantos tipos, tanta gente, tanta confusão/Sou brasileiro e tenho identidade, CPF, habilitação”, canta Mu sua “Aquarela do Brasil” escorada num arranjo de sopros sofisticado e moderno do também pianista Itamar Assiere.
O samba dá a coloração básica da mistura, mas o maior pavor de Mu, um devoto da melhor tradição da música carioca, era que sua criação espontânea fosse vista como oportunismo. Por isso, e também naturalmente, o samba de Mu é, sempre, misturado, diferente, pessoal, com aquele ponto de vista forjado em Copacabana. “Beth está chegando” talvez seja o melhor exemplo dessa pegada que perpassa todo o CD: é um samba, com pegada pop, gravado entre Rio e Los Angeles por um naipe de sopros da pesada, onde se destaca o trompete afro-cubano de Arturo Sandoval e com a intervenção ao modo hip hop de seu parceiro na música, o poeta Mano Mello. “Copacabana é invadida/Um satélite me espia/Não dá pra esconder”, explicita a letra.
Em “A morena”, a canção talvez mais amorosa do disco, o samba reaparece misturado com uma levada de ijexá baiano e pelo sofisticado acordeom de Chiquinho Chagas em diálogo com a variada percussão de Jovi Joviniano e o sax soprano de Mário Sève.
Já “Aquele samba que ninguém ouviu”, um “samba de maquininha” mistura-se com aquele sincopado tão samba-rock que veio de Jorge Ben e se espalhou mundo afora. É um comentário de Mu sobre o samba que gringo faz, com direito também à programação eletrônica e scratch (ambos pelo especialista DJ Roque) e outra cena bem humorada na letra, a do sujeito que quer olhar a moça que passa mas não quer que ela perceba. O samba, todo no sapatinho, parece, mais do que embalar, dizer a mesma coisa da letra com seus negaceios: “O bamba não balança quando a nega passa/O bamba não/O bamba não olha, disfarça/O bamba, não”.
Em “Seu Zé”, samba de devoto em homenagem a Zé Pelintra, tem feição clássica e evidente influência das batidas de candomblé e da umbanda, do samba antigo com direito a faca no prato. Não propriamente religioso, Mu tem fascínio e devoção real pela entidade malandra da umbanda: “Seu Zé Pelintra está numa encruza/De terno branco, não me tranque a rua/Seu Pelintra ninguém é santo/Com o encanto da morena nua”. Para acompanhá-lo nessa homenagem musical (“O gato preto sabe que a magia/Do Seu Zé Pelintra está na melodia”), Mu convocou gente da elite instrumental do samba, o violão perfeito de seu parceiro Claudio Jorge (que segura a harmonia e as levadas de várias faixas do disco), a percussão de Marcelinho Moreira.
As misturas vão além do samba. “Pianista do Cinema Mudo”, parceria com o xará Mu Carvalho (ex-Cor do Som), é uma releitura contemporânea da história do “Apanhei-te cavaquinho” de Ernesto Nazareth (“Apanhei-te Mini-Moog/E o seu Nazareth/Até bateu no cavaquinho/E depois deu no pé”). Carrega a mesma idéia original, de uma música de difícil execução que assuste o músico amador e mala que queira se meter a tocá-la. Em ritmo de um baião de Egberto Gismonti (“Coisas pra um certo/ Egberto cabeludo/Pianista de cinema mudo”), destila influências musicais que vão de Hermeto Pascoal ao choro.
“Borogodó” é a canção mais propriamente pop do disco, fluente e de levada funk, feita em parceria de Mu com sua filha Madê, de 18 anos. Já outra balada pop, “Sozinha”, parceria com Mombaça, é sofisticada, calcada nos violões virtuoses de Claudio Jorge, Luiz Filipe de Lima (no 7 cordas) e do autor, e com letra de uma violência rara em canções de amor: “Lá se vai mais um amor/Um outro amor vai chegar/E você vai acabar sozinha”, pragueja a canção, não sem o humor que sutilmente perpassa todo o disco.
Pegada pop e sofisticada ao mesmo tempo, lirismo desbragado e cheio de humor, Copacabana e sua misturas, “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, chega ao fim com uma balada que o sintetiza, “1,99”. “Tudo vai parar no camelô/Que depois corre do rapa/Por onde você procura amor/Só tem Xerox da capa/Onde você mora/Em que praia você vai/Sou Copacabana/Todo made in Paraguai”.


Sozinha
Mombaça / Mu chebabi

Vai ficar na solidão
E esse é o seu castigo
Quem mandou não esperar
Pra ir embora comigo

Saiu sem me avisar
Pra acabar com a minha festa
Quem mandou não me esperar
Quem mandou ter tanta pressa

Se você ficasse aqui
Eu ia poder te dar
Um pouco do meu amor
Mas você deixou pra lá

Lá se vai um grande amor
Um outro amor vai chegar
E você vai acabar sozinha

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Estação Mombaça e Patricia Cano

Hoje, 9 de novembro, seria o primeiro dos quatro shows de estréia do projeto Estação Mombaça, conduzido por mim, Júlia Bosco e Maria Hime no bar Sacrilégio, Lapa, Rio de Janeiro. Resolvemos parar para investirmos em ensaios melhores e sem pressa.

Em compensação, no Canadá, minha amiga e parceira canadense Patricia Cano lança seu primeiro disco solo com a canção Nada de Nieve, que inaugurou nossa recente e mui feliz parceria.
Patricia é cantora de voz e caráter raros. Espero seu canto ecoe por todos os cantos.
Viva Patrícia Cano.

Nada de Nieve
Mombaça / Patricia Cano

No quiero tu perdon
Ni me perturbes más con tus besos
No voy a preguntarte
Con quién devo guardar mis secretos

Puedo aún sufrir pero no confesaré que te amo... otra vez
Ahora decidi que es hora de vivir para mí.

Iré buscar
Algún lugar
Que tenga sol
Un cielo azul
Que tenga luz
Luna de miel
Nada de nieve...

Un mundo lleno de color
Tiempo caliente

Para vivir
Un grande amor
Un nuevo canto / un canto nuevo

Não quero o teu perdão
Nem me perturbes mais com teus beijos
Não vou te perguntar com que devo guardar meus segredos

Puedo aún sufrir pero no confesaré que te amo... otra vez
Ahora decidi que es hora de vivir para mí.

Iré buscar
Algún lugar
Que tenga sol
Un cielo azul
Que tenga luz
Luna de miel
Nada de nieve...

Un mundo lleno de color
Tiempo caliente

Para vivir
Un grande amor
Un nuevo canto / un canto nuevo

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Mombaça de Terno Preto

TERNO PRETO
vista esse som

Eu e os atores/cantores/compositores Thiago Thomé e Mário Broder (vocalista do Farofa carioca) acabamos de criar o Terno Preto, grupo musical encabeçado e dirigido por nós mesmos para continuar o trabalho de manutenção da memória do compositor afro carioca. O repertório do Terno obedece a uma criteriosa seleção de autores nascidos no estado do Rio de Janeiro, além da produção autoral construída ao longo da carreira artística de cada um de nós.

Sua base musical é predominantemente percussiva. Os violões de aço e nylon dos três artistas de frente e um contrabaixo elétrico contratado são os responsáveis pela coluna harmônica do projeto sonoro. Ao todo, somos oito músicos em cena. Sem preocupação com clichês ou bordões pejorativos, Terno Preto pretende surfar em ondas diversas, como o pop jongo e o choro, mas, sua coluna cervical está fundamentada no samba e suas principais vertentes.

A jornada de elaboração do conceito sonoro do grupo e os ensaios vêm se intensificando porque vai rolar uma curta temporada de shows as quartas feiras de novembro no bar Conversa afinada.

Se eu fosse você ia perder.

Terno Preto no Conversa afinada
21h - Abertura da casa
23h – Terno Preto

Couvert Artístico:
R$20,00
R$15,00 (lista amiga)

listaamiga@conversaafinada.com.br
www.conversaafinada.com.br
Rua Vinícius de Moraes, 75 - Ipanema - 2522-1809
Reservas: eventos@conversaafinada.com.br

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mombaça mixando novo CD que vem com participações de Mart’nália, Lokua Kanza e João Carlos Coutinho.

Amanhã, 07 de novembro, vou finalizar a mixagem do meu novo disco no estúdio da gravadora Biscoito Fino aqui no Rio de Janeiro. Agora só faltam duas canções: “Obnubilado” (Mombaça), que teve a doce participação da minha queridíssima amiga e parceira Mart’nália e “Pra viver ou morrer de amor”(Mombaça), que compartilho com duas feras da música mundial: O cantor e compositor congolês Lokua Kanza e o pianista brasileiro João Carlos Coutinho.
A previsão de lançamento permanece a mesma: Durante a segunda quinzena de outubro.
Quer saber mais? Volte amanhã ou depois.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Projeto Estação Mombaça com Júlia Bosco e Maria Hime estréia 9 novembro

Agora sim: Confirmado para os dias 9, 16, 23,30 (às segundas-feiras) de novembro os shows de estréia do projeto Estação Mombaça sob o comando dos três amigos musicais: Maria Hime, Júlia Bosco e Mombaça.
Os ensaios pra valer ainda não estão rolando, mas já já vamos meter bronca.
Estamos montando uma banda de apoio da pesada: Josias Pedrosa (contrabaixo), Katy (teclados), Pacato (percussão), Márcio Souza (violão/guitarra), Márcio Amaro (bateria).

Dá uma sacada no repertório: "Embarcação" (Francis Hime e Chico Buarque), Quando o amor acontece (João Bosco e bel Silva), "Sai de dentro de mim", canção que acabei de compor com a cantora e compositora italiana Chiara Civello, "Tá rindo, É? (Ana Carolina, Mombaça e Antonio Villeroy, "Torpedo" (Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil, "Chega", Pretinhosidade, Entretanto, "Tava por aí" (Mart'nália e Mombça,Baile no asfalto (Mombaça e Sandra de Sá), "Bom dia" (Dalmo Castelo e Cartola), além de canções inéditas dos meus três discos, sem falar nas não gravadas ainda.
Vamos cantar algumas canções em duo, trio e solo, é claro!

Ah!Vamos ter convidados especiais, anunciados e/ou não, dando canjas.

Fiquem atento: Estamos construindo site, facebook, myspace, twitter, comunidade no Orkut, etc.

Os shows vão acontecer no Sacrilégio
Av. Mem de Sá, 81 – Lapa – Rio de Janeiro –RJ
Ao lado do Carioca da gema

Estréia 9 de novembro.
Volte aqui pra saber mais, tá?!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mombaça no estúdio com Maria Hime

Acabei a mixagem de Denegrir canção de minha autoria, que teve a delicada participação especial da minha querida amiga e quase parceira Maria Hime; sem falar no auxílio super luxuoso de Olivia Hime, que trabalhou na preparação e gravação de voz da filha, que esbanja talento, beleza e simplicidade.
Fiquei tão emocionado com o resultado que nem sei como descrever minha euforia: pulando e urrando palavrões de felicidade sozinho no estúdio às tantas da madrugada dessa segunda-feira.

Aqui vai a letra de Denegrir.
Tem uma gravação minha, voz e violão, no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=C_IAQXyKBxs

Denegrir
Letra e música: Mombaca

Divagar/devagar que a vida é breve
Calma lá que o céu é perto
Vai saber se o seu pode esperar

Engoliu a minha tese
Vai falar pelos cabelos
E acender o incenso sensual

Vou tingir melaninar-te
Inocular contagiar-te
Adormecer em tua cama branca

Vou fundir de tanto amar-te
Desguarnecer-me compartilhar-me
Alvorecer em tua casa branca

Ancorar-me em tuas ancas
Engravidar teu ventre livre
Pra denegrir a tua pele branca

VOLTE SEMPRE
Gd beijo,
Mombaça

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mombaça: 1, 2, 3: Gravando

Tô terminando as faixas extras do meu novo CD que será lançado pela gravadora Biscoito fino na segunda quinzena de outubro. Ontem, acabamos de gravar três das quatro participações especiais com Lokua Kanza e Mart'nália. As outras são Maria Hime e o pianista João Carlos Coutinho.

Convidei, também, alguns dos meus mais queridos amigos músicos das antigas e nova safras, para me acompanharem nessa minha nova empreitada sonora: Márcio Souza (guitarras), Marcelo Costa (batera), Pacato (percussa), Téo Lima (batera), Nema Antunes (contrabaixo), André Siqueira (guitarra) e Gastão Villeroy (contrabaixo).

Amanhã, faremos as fotos para capa, contracapa, encarte e divulgação sob a batuta da "retratista" Eny Miranda. Semana que vem teremos mixagem, masterização e pronto.

Quer saber mais? Volte aqui amanhã ou depois.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tudo N9ve de n9vo

Ana e Mombaça mandaram um samba e rapidamente Gilberto Gil fez a letra de Torpedo. A ultraromântica Dentro (Escolhi o pior lugar pra me esconder/Me tranquei por dentro de você/E não sei mais sair) ela compôs com Dudu Falcão; a divertida Tá Rindo, É?, outro samba, é de Ana/Mombaça/Villeroy.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090902/not_imp428231,0.php

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

N9VE do n9ve de 2mil e N9ve

Hoje, 09/09/09 é dia do show de lançamento do Cd N9ve da minha querida amiga e parceira mineira Ana Carolina, uma das melhores cantoras/intérpretes do mundo. Não por acaso, ela completa 35 anos de idade nesta linda data. Nem preciso dizer que estou transbordando felicidade. N9VE, álbum que comemora seus 10 anos de carreira artística e só possui n9ve faixas, vem com duas parcerias minhas com Ana: Torpedo, que compartilhamos com o grande Gilberto Gil e Tá rindo, É?, com o fenomenal Antonio Villeroy, “meu parca”.
Fiquei todo bobo quando recebi o e-mail com o convite (RSVP). Tratei de ligar correndo pra confirmar presença. E lá vou eu pro Londra/Fasano lamber as crias e celebrar com ela esta data querida.
"E vamo que vamo".

PROJETO ESTAÇÃO MOMBAÇA - ADIADO

ESTAÇÃO MOMBACA – SHOW DE ESTRÉIA ADIADO

Eu, Maria Hime e Júlia Bosco resolvemos adiar a estréia do nosso projeto Estação Mombaça previsto pro próximo dia 14 de setembro no Sacrilégio - Lapa - Rio de Janeiro. Vamos continuar ensaiando, arregimentando músicos pra banda de apoio,convidando artistas pra participações especiais e compondo entre nós três. O repertório está deliciosamente diversificado.

Pra vocês terem uma idéia, já decidimos que vou cantar (solo) "Embarcação" (Francis Hime e Chico Buarque), que eu adoooooooooooro; Júlia só quer saber de "Sai de dentro de mim" (solo também), canção que acabei de compor com a cantora e compositora italiana Chiara Civello e Maria, que não é boba nem nada, escolheu reler (solo) uma das mais belas pérolas da obra do grande Cartola, "Bom dia", dele e do Dalmo Castelo. Vamos cantar algumas canções em duo e trio.

Por enquanto só posso diantar isso.
Assim que a nova data e local do show forem redefinidos eu publico aqui primeiro.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

PROJETO ESTAÇÃO MOMBAÇA

ESTAÇÃO MOMBAÇA

Criado por iniciativa do cantor e compositor Mombaça, o projeto musical que leva o seu nome ganhou mais charme e elegância quando as duas talentosas parceiras, Maria Hime e Julia Bosco, não pensaram duas vezes antes de aceitarem o convite do artista para fazerem parte do seu elenco fixo. “Um é pouco, dois é bom três é uma maravilha. Elas são ótimas em tudo que fazem”, resume Mombaça.

As duas amigas, que já vinham desenvolvendo trabalhos paralelos com o repertório do Mombaça, encontraram nesse projeto uma boa oportunidade de se lançarem não só como intérpretes, mas também como compositoras. Por unanimidade, decidiram incluir no repertório clássicos dos geniais João Bosco e Francis Hime como Quando o amor acontece (João Bosco e Abel Silva) e Embarcação (Francis Hime e Chico Buarque).
Além das composições próprias, gravadas nos seus três álbuns como Fim da linha e Contradição, Mombaça promete não deixar de fora Torpedo (Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil) e Ta rindo, É? (Ana Carolina, Mombaça e Antonio Villeroy), faixas do recém lançado álbum N9VE da Ana Carolina. “Quero mostrar canções inéditas que fiz com Chiara Civello (italiana) Patrícia Cano (canadense), Zélia Duncan, Sandra de Sá, Luísa Possi, Mu Chebabi, Gabriel Moura, João Suplicy e Mart’nália (Entretanto, Chega, Pretinhosidade e Tava por aí).

Estação Mombaça ainda pretende manter uma dinâmica de interatividade entre os colegas, convidando um artista por semana: cantor, compositor e/ou instrumentista, para uma participação especial.
Sacrilégio
Av. Mem de Sá 81 – Lapa – rio de Jeneiro - RJ
Reservas: (21) 39701461
www.sacrilegio.com.br
Couvert artístico: R$14

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MTV - BROTHERS OF BRAZIL/Mombaça

Foi muito boa a estréia do videoclipe SAMBA AROUND THE CLOCK (Mombaça, João Suplicy e Supla), canção que puxa o primeiro CD da dupla BROTHERS OF BRAZIL produzido por ela e Mário Caldato.
O disco está sendo vendido nas bancas de todo Brasil.

SAMBA AROUND THE CLOCK (Brothers of Brazil/Mombaça) - Estréia na MTV

A dupla formada pelos meus queridos amigos João Suplicy e Supla acaba de produzir um videoclipe super dançante para a nossa primeira parceria SAMBA AROUND THE CLOCK, canção que puxa o CD BROTHERS OF BRAZIL produzido por eles e Mário Caldato à venda nas bancas de todo Brasil. O clipe estréia na MTV ás 17h00min de hoje.
É esperar e conferir!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nada de nieve (Mombaça e Patricia Cano)

A cantora e compositora canadense Patricia Cano acaba de gravar, no Canadá, a nossa parceria inédita "Nada de nieve" (em espanhol). Na semana passada ela me ligou dizendo que estava na fase de mixagem e se preparando para vir ao Brasil pra celebrar a edição da obra comigo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Gilberto Gil grava "Torpedo" (Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil) no VD N9ve

Ana Carolina gravará seu novo DVD no próximo dia 26. Baseado no seu mais recente disco, N9ve, o vídeo terá dois convidados especiais: o mestre Gilberto Gil, que dividirá os vocais com Ana em Torpedo, e a cantora novata Maria Gadú (detalhe acima), que cantará um blues, de autoria da Ana, que foi excluído do disco na mixagem.

Fonte: Blog Cantadas

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ENTRETANTO

O segundo álbum de Mart'nália ganha reedição
O segundo álbum de Mart'nália, lançado originalmente em 1997 pela ZFM Records (companhia fonográfica comandada por seu pai, Martinho da Vila), ganha reedição pela Biscoito Fino, a gravadora que atualmente tem Mart'nália em seu forte elenco. Produzido por Ivan Machado, o CD Minha Cara abrigou 12 músicas, entre temas autorais (Tentação, Contradição e Entretanto, parceria com Mombaça) e incursões pelos repertórios de Carlos Dafé (Pra que Vou Recordar o que Chorei?), Cassiano (Coleção) e Martinho da Vila (Grande Amor). A faixa-título, Minha Cara, é de autoria de Dudu Falcão. Com a reedição de Minha Cara, o único título raro da discografia de Mart'nália fica sendo seu primeiro álbum, Mart'nália, lançado em 1987 pelo extinto selo 3M (com distribuição da companhia na época denominada BMG Ariola) e ainda inédito no formato digital.

Fonte:http://blogdomauroferreira.blogspot.com/2009/07/segundo-album-de-martnalia-ganha.html

domingo, 16 de agosto de 2009

N9ve Torpedo (Composição: Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil)

CD: "Nove" (Ana Carolina) - Para o santo não entediar
Luiz Felipe Carneiro | Resenhas | 15/08/2009 10:05
impressão | Envie por e-mail | RSS

Quando Ana Carolina resolve cantar sozinha, tudo fica muito mais natural. Basta ouvir a faixa de abertura do álbum, "10 Minutos (Dimmi Perché)", um tango eletrônico produzido por Alê Siqueira e que tem todo o jeitão de hit. "Tá Rindo, É?" é outro destaque de "Nove". Produzida por Mário Caldato e Kassin, a faixa é moderna e deliciosa, com mais um bom arranjo de metais (dessa vez a cargo de Felipe Pinaud) e os teclados e o "talk box" de Donatinho. Seguindo o mesmo estilo mais moderno, "8 Estórias" não desce tão bem, com a sua letra cansativa, que cita o nome de diversas mulheres, de Giovanna a Carmen. As coisas melhoram (e muito) com o samba (cheio de barulhinhos eletrônicos) "Torpedo", composto por Ana Carolina, Gilberto Gil e Mombaça. E nem precisou chamar nenhum gringo para cantar...

Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/50676+cd+nove+(ana+carolina)++para+o+santo+nao+entediar

sábado, 15 de agosto de 2009

Tá rindo, é? (Composição: Ana Carolina, Mombaça e Antonio Villeroy)

Um dos sambas, “Torpedo”, é fruto de uma melodia sua com Mombaça que recebeu letra de Gilberto Gil. “Ah! Vamos dando risada, que a vida nos chama, não dá pra chorar” é a mensagem que diz o refrão bem-humorado do outro samba “Tá rindo, é?” (Ana Carolina / Mombaça / Antônio Villeroy).

Fonte: Tribuna da Bahia - http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=19360

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Torpedo: Ana Carolina, Mombaça e Gilberto Gil

Ana Carolina lança o CD N9ve
09/08/2009 por Equipe FC DonanaCarolina

Cantora faz pose de mulherão, amplia o leque de parceiros com artistas estrangeiros e avisa: “Quero me superar”
“Sinal dos tempos”, deduziu Ana Carolina, depois de ser informada pela gravadora de que Entreolhares, a primeira música de trabalho de seu novo álbum, atingiu a marca de 10 mil downloads em apenas um dia. Parceria da intérprete mineira com o gaúcho Antonio Villeroy e o norte-americano John Legend Stephens – que a traduziu para o inglês –, a canção é provavelmente um retrato fiel de Ana Carolina.

Afinal de contas, ela sofreu transformações notáveis em uma década: do físico (o mulherão das fotos atuais simplesmente não existia no início de carreira) à produção confessional – que, para alguns, está cada vez mais para a música americana que para a brasileira.

“Podem gostar ou não de mim, mais eu tento. Estou fazendo música do meu jeitinho, com o meu violão e as minhas coisas”,

defende-se a cantora e compositora de Juiz de Fora. Ela avisa: vai continuar tentando se superar a cada trabalho.

“Acho que é por aí”, diz.

Em 9 de setembro, ela inicia pelo carioca Citibank Hall a turnê nacional de lançamento de N9ve.

Nove escrito assim mesmo? Sim. Além de referência ao número (reduzido) de faixas, o novo disco alude à data de nascimento dela: 9 de setembro. Ah, a Sony/BMG anunciou que a tiragem é de 99.999 cópias. Pode? Pode. Sétimo álbum solo de Ana Carolina, além de um representante do legítimo rhythm & blues (John Legend), que casa perfeitamente com o timbre poderoso da mineira, a lista de convidados internacionais inclui a cantora italiana Chiara Civello, radicada nos Estados Unidos, que divide com Ana a autoria de quatro canções (10 minutos, Estórias, Resta – cantada pela dupla – e Traição), e a contrabaixista americana Esperanza Spalding (participação especial em Traição).

De Dois quartos (o álbum duplo anterior, de 24 faixas) para N9ve (que ela, em tom de brincadeira, classifica de “quitinete”), Ana Carolina parece querer reafirmar a possibilidade de carreira internacional, ainda que não troque de língua para soltar o belo vozeirão.

“O número de faixas do disco foi apenas coincidência, nada mais. Quando vi, eram nove músicas prontas para gravar. Tanto que a décima, o blues chamado Mais que a mim, nada tinha a ver com esse repertório e acabou ficando de fora”, destaca. “Pode parecer que fiz um álbum menor porque o último foi grande, mas não tem nada a ver também.”


INTERNET

A presença de convidados gringos foi outra obra do acaso, revela Ana.

Passo muito tempo na internet, onde descobri o John Legend. Peguei a faixa, mandei para ele perguntando se queria gravar. Ele disse que sim e fez a versão para o inglês”, relembra.

Chiara Civello chegou por meio do neto de Tom Jobim Daniel Jobim, que a apresentou à cantora italiana.

Quando criança, ouvia canções italianas”, recorda Ana Carolina. “Chiara me fez conhecer algumas cantoras novas e canções antigas da Itália. Nós fizemos verdadeira troca musical.”

Se Entreolhares for tão bem nos países em que o disco de Ana deve ser lançado, a mineira não descarta a hipótese de se lançar fora do Brasil.

Não tenho carreira internacional”, assume ela, informando que fez shows apenas em Portugal e nos Estados Unidos. “Quem sabe N9ve não traga exposição maior lá fora, fazendo com que a gente arrume um jeito de cantar no exterior? Seria bacana.”

Antes que acusem Ana Carolina de se americanizar de vez, vale lembrar: o velho e bom samba, ainda que às vezes meio estilizado, marca presença em seu novo trabalho.

Gil Um belo exemplo do gênero genuinamente brasileiro é Torpedo, faixa com participação de Mombaça e letra esperta do ex-ministro Gilberto Gil: “Desde que o samba começou/ O bamba sempre usou/ Variações inúmeras para dar/ Conta de tantas emoções…”. Esses versos refletem as misturas e transformações inevitáveis da MPB “desde que o samba é samba”, como cantou Caetano Veloso.

Para Ana Carolina, já se foi o tempo em que se media o sucesso de um artista ou de uma canção por vendagem de discos ou sua execução em rádio.

Quando recebi a notícia de que Entreolhares teve 10 mil downloads em um único dia, vi que a gente mede sucesso dessa forma. O sinal dos tempos está aí”, constata. “Esse tipo de coisa não atrapalha o artista. Atrapalha a gravadora, quem ganha dinheiro com venda de música. Artista ganha dinheiro é com show”, conclui.

Fonte: UAI

Mombaça no sarau do amigo e parceiro Totonho Villeroy

O Abre a rodinha
09/08/2009 por Equipe FC DonanaCarolina
Os saraus na casa do compositor Antonio Villeroy são cada vez mais disputados por gente interessada em fazer e ouvir música
Por Karla MonteiroFotos de Marizilda Cruppe

Yamandu Costa, Marco Lobo e o anfitrião tocam na sala
Acontece em média uma vez por mês. A lista de habitués é longa: o escritor Francisco Bosco, a cantora Ana Carolina, o escritor e compositor Jorge Mautner, a novata Maria Gadú, o casal Maria Paula e João Suplicy, o virtuose Yamandu Costa, a poetisa Elisa Lucinda, entre outros artistas — principalmente músicos — de várias vertentes, como Paulinho Moska, Bebeto Alves, João Nabuco, Bena Lobo, Mombaça. Todo mundo que circula por ali escreve, canta, toca.
Os saraus do cantor e compositor gaúcho Antonio Villeroy são coisa fina.
O amplo apartamento fica no Alto Leblon. Das varandas, o Rio lá embaixo, deslumbrante, iluminado, lembrando que a cidade já teve essa tradição musical de portas abertas, gente talentosa reunida, como nos bons tempos da bossa nova, quando Nara Leão, Tom Jobim e Vinicius recebiam sua turma.
— Uma vez chegou aqui o Caetano.
Disse: “Vim de penetra na sua festa.” Respondi: “Penetre à vontade” — brinca Villeroy, imitando o sotaque malemolente do baiano. — Gosto de casa aberta. Mas agora estou tendo que deixar uma lista na portaria. Tem noite em que há mais de cem pessoas. Outro dia desci para comprar bebida, tipo 3h da manhã, e estava uma fila na rua.
Na noite de sábado dia 25 chegamos cedo, tipo dez da noite, à casa de Villeroy — ou Totonho, como é chamado pelos convivas. Na sala, além do piano, dos microfones e dos instrumentos já montados, a família: a matriarca, Heloiza Villeroy; os três filhos dela, Totonho, Carlos Eduardo e Gastão, que toca com Milton Nascimento; mais noras e netos. Até então, parecia tratar-se de uma reunião social comportada, para músicos sérios mostrarem seus trabalhos. Sotaque carregado e índole de anfitrião, Totonho logo esclareceu que sarau é uma tradição que ele trouxe lá de São Gabriel, cidadela dos pampas gaúchos. O pai, o advogado Gil Villeroy, curtia receber os cantores locais para milongas.
— Ainda bem pequeno, lembro de acordar de manhã e ver tudo montado: bateria, violões, microfones. Com 13, 14 anos, eu e meus irmãos começamos a tocar e também a fazer saraus. A nossa turma se misturou à do nosso pai — diz. — Desde que me mudei para o Rio, em 2000, faço reuniões. Novos amigos foram se agregando. E sempre surge gente de surpresa. Outro dia foi a Bebel Gilberto.
Depois da meia-noite, o apartamento assumiu outro tom. Ou tons. Com os músicos se revezando na rodinha — e a cerveja rolando —, a temperatura subiu. Em cada cômodo da casa uma história, um ritmo, uma toada. Tímida como ela só, Maria Gadú, que lançou seu primeiro disco no Vivo Rio, na semana passada, enfurnou-se num quarto, escoltada pelo amigo Toni Ferreira, um garoto de 24 anos, visual andrógino e timbre — cara também — de Cazuza. Entre um gole e outro, uma baforada e outra no cigarro, Gadú contou que começou a cantar na noite paulistana aos 13 anos e que desde que chegou ao Rio para passar o último réveillon, nunca mais conseguiu ir embora.
— Eu e o meu amigo primeiro ficamos na casa de outro amigo. Como a gente estava sem grana, ele falou vai ficando e a gente foi ficando. Um dia o Rafael Almeida, que é ator, me apresentou para o Jayme Monjardim, falou que eu cantava “Ne me quitte pas”. Ele estava fazendo a minissérie “Maysa”, casou — diz. — Na apresentação da minissérie para a imprensa, fiz um showzinho e um cara da Som Livre me chamou para gravar o disco. Foi indo, foi indo e aí, quando vi, estava morando aqui. Agora a minha mãe se injuriou com São Paulo e veio para cá também.
Enquanto Gadú conta sua história, Maria Paula se joga no sofá e seu marido, João, Suplicy puxa um Chico Buarque no violão. Em seguida, impulsionado por João Nabuco, que ficou absolutamente admirado com a semelhança, Toni Ferreira, o acompanhante da cantora paulistana, emenda um Cazuza. Acreditem: reencarnação.
Na sala, Yamandu, Totonho e seus irmãos, Gastão e Carlos Eduardo, arrasam com a levada sulista.
Coisa para aplaudir de pé. Yamandu resumiu muito bem o sarau do conterrâneo. Segundo ele, trata-se de um zoológico musical.
— O Totonho junta gente de várias vertentes, que nunca se bicam: músicos eruditos, músicos que já estouraram, músicos que querem estourar, figuras mais pops, gente jovem precisando de acesso — diz. — É muito difícil fazer isso, misturar tantas tendências. Esse tipo de coisa estava fazendo muita falta no cenário musical.
É básico para a formação de amizades e parcerias.
Os encontros, de fato, acontecem por ali. Em uma ocasião, a cantora e compositora italiana Chiara Civello apareceu, recomendada por Mauro Refosco, da banda de Bebel Gilberto. Curtiu tanto que virou parceira musical de Totonho e também de Ana Carolina. Outro que se apaixonou pela cena foi Jesse Harris, músico americano que emplacou hits na voz de Norah Jones. Depois de uma noite de sarau, ele e Totonho compuseram juntos e agora o disco de Harris vai sair pelo selo do amigo brasileiro, o Pic Music. Gadú já confirmou presença no próximo DVD de Ana Carolina. As costuras rolam, regadas a cerveja, vinho, vodca e brigadeiros.
— Acho que sou um dos mais assíduos frequentadores. Aqui fiz parcerias com o João Suplicy, com a Ana Carolina, com o Totonho Villeroy. O sarau é uma forma de compartilhar, de interagir, de encontrar os virtuoses, numa onda free — define Mombaça, um dos principais parceiros de Mart’nália.
— Hoje já existe um circuito de gente que faz saraus em casa. Eu tenho composições com o Totonho. O João Suplicy musicou um poema meu, que ouviu aqui.
São noites maravilhosas, com pessoas maravilhosas. Na última, terminamos eu, Paulinho Moska, Hamir Haddad, Selma Reis, Tunai e Totonho, todo mundo até de manhã — conta Elisa Lucinda.
Fonte: O Globo

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Torpedo

Ana Carolina, como nunca se viu
30/07/2009 - 10:00 Enviado por: Heloisa Tolipan
Em primeiríssima mão, a coluna mostra uma linda imagem do ensaio fotográfico de Ana Carolina para o novo CD, batizado 9, que chega às lojas na próxima semana. Ficou curioso para saber por que o álbum ganhou esse nome? Ana é supersticiosa e tem uma relação muito especial com o número. Nasceu no dia 9/9, lançou o primeiro disco em 1999 e, para fechar a conta redondo, a tiragem do CD será de 99.999 mil exemplares. E reparou que o relógio (ali na foto) está marcando 9h? Além de sorte, o álbum trará novas parcerias, como a do samba Torpedo, com letra de Gilberto Gil (de quem Ana sempre foi fã) e melodia composta pela cantora em dobradinha com Mombaça. E quer que eu revele outro segredinho? Sabe esses pernões que Ana ostenta? Fruto das corridas diárias, na praia, indispensáveis para a cantora desde o ano passado. Tudo em cima para o novo disco!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

NOVE NOVO CD DA ANA CAROLINA -

O GLOBO*Matéria de capa do Segundo caderno do Globo.
Por Antonio CarlosMiguel. Trecho da matéria: Três outros parceiros em "Nove" são "sócios" do C.U: Dudu Falcão, Antônio Vellerroy ( gravado com sucesso por Ana Carolina desde o início de sua carreira) e *Mombaça*. Este divide com Ana os dois sambas,* /Tá rindo, É?/* também com Villerroy) e */Torpedo/*, o segundo com letra de Gil. "Trabalhamos muito tempo nele e enviamos, cheios de dedos, para Gil, que o enviou com a letra perfeita em dois dias" - diz ela, que tem mais sambas na gaveta, mas vê um excesso de cantoras no gênero.....

Trecho da crítica: Sem mudar a essência, ela foi mais rigorosa na peneira de seu repertório: calibrou melhor a voz potente; e, saudavelmente, procurou tanto novas referencias quanto velhas influências. No segundo caso, a parceria com Gilberto Gil, que letrou o samba "Torpedo", de Ana e Mombaça...

Fonte: Globo 03/08/09
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/07/31/apos-excesso-do-cd-duplo-dois-quartos-ana-carolina-acerta-foco-sofistica-sua-receita-no-disco-nove-757063189.asp