domingo, 9 de março de 2014

GLOBO NÃO BANCA JORNALISTAS PRETAS NA BANCADA DO JN NO DIA DA MULHER

GLOBO NÃO BANCA JORNALISTAS PRETAS NA BANCADA DO JN NO DIA DA MULHER Já que a intenção era homenagear a mulher a partir do padrão globo de qualidade (auto-elogio), então, por que o Jornal Nacional de ontem (dia internacional da mulher) não foi apresentado pela veterana dupla Glória Maria e Zileide Silva, por exemplo?! A Globo teria matado dois coelhos com uma só cajadada, tendo em vist...a que a ...mulher negra é a última peça na pirâmide social/trabalhista: percebe salário 50% menor que o da mulher branca, que, por sua vez, ganha 75% menos que o homem branco, que ganha mais que o preto, exercendo o mesmo cargo e/ou função, estes, com mesma ou superior escolaridade. Se tivessem escolhido a Glória ou a Zileide ao lado da novata Maria Julia Coutinho, a jornalista do tempo no Bom dia Brasil, aí então, teria sido um golaço global. Um marco, sem precedentes, na história do telejornalismo brasileiro, além de uma lição de humanidade, nesses dias tão marcados por manifestações racistas contra os negros em nosso país! Aí sim teria sido uma quebra total de paradigmas, com recortes étnico e de gênero ao mesmo tempo. Sem contar que teria sido uma puta, inadiável e justa homenagem ao talento e ao pioneirismo da nossa Glória, uma das mais importantes jornalistas do Brasil, que, apesar de esconder a própria idade ( e isso é problema só dela) continua impecavelmente enxuta!!!! Conclusões: A decisão de colocar s Sandra Annenberg e Patrícia Poeta na bancada do JN não deve ter saído da cabeça ou do sutã de uma diretora branca, muito menos negra. Não deve ter mulher preta no topo da hierarquia global. Ou estou enganado? Tem que ter muito peito pra bancar duas jornalistas pretas na bancada do jornal de maior audiência do país. Ainda não foi desta vez a “gente vai se ver na Globo”.

terça-feira, 4 de março de 2014

UM SORRISO NEGRO

SORRISO NEGRO Lixo e alienação na maravilhosa cidade de São Sebastião. Engana-se quem pensa que as maravilhosas bundas rebolativas advindas, via satélite, da arena Marquês de Sapucaí, bem como as magníficas fantasias coloridas do nosso estranho carnaval de lixo vão desviar-me do foco principal de mais um glorioso carnaval. A cidade maravilhosa está completamente imunda porque a turma do Renato Sorriso, garis, está fazendo uma greve de advertência. lembrei-me de um samba que ficou conhecido na voz do grupo Mojejo, Dança da vassoura: "Diga onde você vai que eu vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo, vou varrendo": http://www.vagalume.com.br/molejo/danca-da-vassoura.html Na placa-mãe do meu sistema nervoso central ficou registrada a filosofia Trinta, Joãozinho: Ratos e urubus Larguem Minha Fantasia – Beija-Flor -1989. O mesmo genial João que sacramentou o seguinte lema: “quem gosta de miséria é intelectual pobre gosta de luxo”. Seria isso verdade? Além da montanha de lixo, a tal da “cidade maravilhosa cheia de encantos mil”, virou um grande mictório à céu aberto: todo mundo urinando, ostensivamente, em qualquer lugar! As ruas do Centro da cidade têm grande cheiro de fezes, pois os excrementos dos moradores de rua também não estão sendo recolhidos pela COMLURB, nem as ruas, monumentos e calçadas, lavados. Inventado por um acidente de percurso midiático, e manipulado pela equipe de factoides do perdulário ex-prefeito César Maia, hoje vereador da cidade, Renato Sorriso, desde então, vem sendo operado (manobrado) como garoto propaganda da dinastia Maia, do imperado Eduardo Paes, atual monarca da cidade, e por entidades de governos estaduais, federal e toda a sorte de horda satânica do desporto nacional e internacional. Acho que encontraram, em Sorriso, a metáfora ideal para encobrirem suas majestosas cagadas reais jogando o lixo para debaixo do tapete na maior cara de pau. Reparei que cidade está cheia de gringo europeu. Devem estar alarmados com o mar de lixo largado pelo caminho. Fico pensando na merda que poderá acontecer na copa se as autoridades competentes não se ocuparem em dar aos trabalhadores da limpeza urbana a importância que a sua força de trabalho merece. Mas será que o povão, que de resto, é pai, mãe, irmão, filho, primo ou cunhado dessa massa trabalhadora não vai se tocar e reagir? Ou vai deixar-se levar pela propaganda institucional sistemática, desde os tempos da escravidão, a qual pretende incutir no inconsciente coletivo a ideia da sujeição que afirma que o “negro é indolente”, quer dizer, preguiçoso, vagabundo, marginal, e que o índio, nativo brasileiro, “não se adaptou ao trabalho escravo”, o que dá no mesmo. Essa ideologia vem sendo prospectada através dos livros didáticos e consagrado pela mass media! Aqui segue um vídeo, pra inglês ver, em que o nosso querido irmão, Renato Sorriso, o inocente útil, e Pelé, o bufão de luxo, se completam, que nem feijão com arroz, água e óleo, joio e trigo, na tosca missão de jogarem, juntos, o lixo real para debaixo de um certo tapete. Tenho certeza de que, de camarote, os poderosos riem da nossa personalidade hiena (animal que come fezes dos outros animais) que acata, passivamente, os engodos racistas das ciladas carnavalescas, minuciosamente engendradas por eles para manterem os pretos/pobres na mais profunda das alienações, pois, só no carnaval um preto pobre pode brincar de fingir que é rei. O resto é fantasia!!! Entre a filosofia Trinta e a hebefrenia letal do Gari-Sorriso e do Edson-Rei, fico com “A mão da limpeza” (Gilberto Gil e Chico Buarque), uma verdadeira ode ao mito da democracia racial brasileiro: “O branco inventou que o negro quando não suja na entrada vai sujar na saída, imagina só”. http://www.youtube.com/watch?v=f6lE-974Mq4